quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

o creme vazando por fora do doce talvez seja o meu prêmio do dia, pensou ela. então é assim? como dizer que fiquei estupidamente feliz de ver pessoas por trás de cargos hoje. prédios, senhas, departamentos e salas não me enganam mais, alí estão muitas delas a se encaixar misteriosamente nestes lugares em horários definidos, como das 08 às 17, das 09 às 16hs, coisas do tipo, considerando os fatídicos intervalos para almoços ou cafezinhos requentados e mesmo recém saídos, ( não importa o motivo, não são mais que de uma forma desculpa para o tédio, disfarçada de prazer momentâneo e para não dizer, que na verdade que estas garrafas térmicas e os cafezinhos servidos em copinhos plásticos exalam substâncias cancerígenas, que serviria de justificativa ao seguro pago arduamente todo mês, entre outros venenos ingerido pela vida afora). mas voltando ao que dizia é como se fossemos porcos encurralados e ainda meio que agradecidos por receber um prêmio no final do mês por estar ali nos comportando da melhor forma possível. Ah como estou aliviada, mas ela considerava ainda, que não quis ser indelicada em momento algum, tanto consigo própria por estar alí, a se deliciar com meandros burocráticos, e nem era o tom de crítica que lhe vinha ao coração, de verdade, não pela primeira vez se emocionava com pequenos detalhes humanos. Perguntou como seria trabalhar naquele lugar a um dos que a atendiam, um pouco depois de se cansar de reparar que muitos alí pareciam de certa forma felizes, do outro lado da mesa, mesmo que este que o atendesse olhasse com uma seriedade além do necessário para minhas dívidas ativas, e pendências, enquanto eu de meu lado, reparava no brinco da orelha, se aquele óculos seria o melhor para o seu formato de rosto, se ele, que me parecia ser mesmo gay o era, ou se o garoto ao lado que tomava um gole de seu guaraná morno depois de atender uma garota, na verdade não se deliciava de estar alí. Não trabalhar no entanto, depois da descoberta dos empecilhos para o trabalho, me pareceu um grande negócio, andar pela rua sentindo o vento fresco batendo no rosto, imaginar roteiros que eu faria comigo mesma pela cidade, inventar de desenhar sobre pontes, por exemplo, e depois chamar isso de arte. Mas ela não se esqueceria da gentileza pelos serviços prestrados naquela tarde, acho que tri=ouxe um pouco de felicidade para a sua vida também. Pessoas escolhem como viver.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

solta as tranças rapunzel pra melhorar o teu ar

as coisas melhores vem depois, da festa, da transa, da escola, do estudo, do trabalho e da vida. a missão nem sempre cumprida se retrai. e uma vez mais que é quando o medo se vai e uma vontade de Ser vem pra acontecer como é pra acontecer. você nãO PODE IMAGINAR QUE EU seja tão GRANDE ASSIM. OU EU é que não tenho coragem de assumir essa grandeza toda, se penso que sou boba? sou boba, sim. e garota, esquece tua estória e sai dessa toca que tu construiste tão mal assim, chama o lobo que um sopro leve é o suficiente para derrubar. teus fracassos. tes planos desfeitos. e constrói outra casa, feita de tijolos de ar, pedra por pedra com os sonhos todos cada um em seu lugar. ela num simples toque vai vibrar, num transporte para qualquer lugar onde a liberdade seja possível de se morar. então, vai, solta essa corda rapunzel, pede pra o príncipe mau entrar, deixa ele a casa bagunçar e tremer e desaguar, vai poetar atrás dos montes vai cantar noutro mar, vai cobrir o corpo de pó e brilhar, solta as tranças rapunzel .

terça-feira, 25 de outubro de 2011

parafusos, arruelas, partes desmontadas. skates desmontados e repintados, plantas secas, quase mortas, se não já, na varanda. caos cotidiano, cama, meias, e roupas pra lavar. e as velas de anos, a de oito, pro mais novo, as de um e de seis separadas, pro mais velho, pra formar 16, que pode um dia virar 61, mas antes, trocando ainda, o dois pelo um, chegar nos 26, quando não serei mais eu a o acordar. no supermercado, enquanto procuro as velas, dou de encontro `a mamadeiras e chupetas, e quero ficar alí, naquele tempo que passou. na festa dos dezesseis, que não haverá, volto justo ao início, aos primeiros cuidados, eu mãe jovem e o filho ainda nenê. e assim as idades vão acontecendo e passando por nós, e festejamos em anos, em velas em sopros, de alegrias e tristezas. e assim vamos.

um menino me olha com fitas coloridas na cabeça

olho pro calendário festivo, procissão e cores mais a crença nos olhos dos meninos. veja se eu posso com isso, de chorar e lamentar acho que não há mais lugar. penso assim, hoje, por fim. procuro um lugar ao sol, uma morada de paz e pra um bem estar.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

estou sem ar. vou soltar balões cor de rosa para te encontrar. eu te fazia homem e você me roubava a mulher. um teto todo seu. linhas de flávia vivacqua
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são paulo, sp, Brazil

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